BMW transfere produção de motores elétricos para a Grã-Bretanha

A BMW disse na quarta-feira que vai reformar suas fábricas alemãs para construir carros elétricos e componentes e transferir a fabricação de motores de combustão para fábricas na Áustria e na Inglaterra como parte de uma mudança mais ampla em direção a carros de baixa emissão.

As fábricas em todo o mundo clamam por investimentos em carros de próxima geração, à medida que os veículos elétricos ganham força com os consumidores e os governos aceleram o fim do motor de combustão.

A Alemanha divulgou na quarta-feira um esquema de 3 bilhões de euros (US $ 3,56 bilhões) para promover carros de baixa emissão e a Grã-Bretanha disse que vai proibir a venda de novos carros a gasolina e diesel e vans a partir de 2030.

“Até o final de 2022, todas as nossas fábricas alemãs produzirão pelo menos um carro totalmente elétrico”, disse Milan Nedeljkovic, membro do conselho da BMW responsável pela produção, em comunicado na quarta-feira.

A fábrica da BMW em Munique, que atualmente produz motores de combustão de quatro, seis, oito e doze cilindros, será reequipada com um investimento de 400 milhões de euros até 2026, para fabricar veículos elétricos de última geração, disse a montadora.

A BMW disse que a produção de motores de oito e doze cilindros será transferida de Munique para Hams Hall, na Inglaterra, e outros motores serão feitos em Steyr, na Áustria.

A Baviera, onde a BMW está sediada, receberá a maior parte dos investimentos, disse a montadora. O carro elétrico BMW i4 será construído em Munique, uma versão totalmente elétrica das séries 5 e 7 será feita em Dingolfing e um X1 elétrico será feito em Regensburg.

A BMW disse que o número de funcionários em sua fábrica de Dingolfing, que fabrica trens de força para carros elétricos, vai dobrar, para 2.000 trabalhadores.

A fábrica da BMW em Leipzig, Alemanha, começará a fabricar o Mini Countryman e as fábricas de Regensburg e Leipzig estão sendo preparadas para fazer módulos de bateria, disse a empresa.

A BMW vai melhorar sua estrutura de custos em 500 milhões de euros até o final do ano, disse a empresa.

Reportagem de Edward Taylor; Edição de Michelle Adair